Gabriela Santos*
Na reunião da Câmara ocorrida no dia 16 deste mês, a vereadora Márcia Cristina (PP) exibiu um vídeo em que mostra a situação em que está sendo realizado o transporte de pacientes do serviço de fisioterapia, realizado pelo município na Policlínica Dr. Ovídio.
Uma senhora, idosa e necessitando do amparo de uma muleta teve que andar por cerca de 150 metros, da sua casa até o ônibus, pelo fato de o veículo não conseguir acessar o local, já que a via é bastante estreita. O vídeo que foi exibido chocou os presentes à reunião. Segundo a vereadora, há três meses uma van, adquirida com recursos conseguidos pelo vereador Gleissinho (PSDB), está estragada e o transporte dos pacientes está sendo feito por um ônibus de forma irregular.
Conforme Antônio de Miranda (PHS), o problema afeta também os pacientes da clínica de hemodiálise, que estão esperando horas para serem transportados, após a realização do tratamento que é muito desgastante por si só. Na reunião, a vereadora denunciou ainda que a van adquirida para esse serviço desapareceu e ninguém sabia onde estava o veículo.
Lacimar Cesário “Três” (PSL) informou que “roubaram os cabos e a bateria” do veículo e que está sendo providenciado o reparo. Entretanto, na reunião dessa terça (23), Márcia afirmou que havia localizado o veículo. Durante pronunciamento, a mesma afirmou que a van percorreu várias oficinas em BH e Betim.
“Eu não sei como, mas ela chegou ‘depenada’ na última oficina que ela está agora, que é em Pará de Minas, com parte do motor desmanchado e algumas peças soltas lá dentro. A oficina não tem nenhum convênio, não foi feito nenhum contrato, não foi feito nenhum tipo de licitação. Eu chamei a polícia e fiz um boletim de ocorrência. Só para repor as peças que foram tiradas o orçamento fica em R$15.000,00. Depois ainda tem um segundo orçamento para arrumar o real defeito. A gente tem que saber quem foi o responsável. Como essas peças sumiram? Quem autorizou isso?” conta a vereadora.
Ela ainda afirmou que durante esse período que a van estava de oficina em oficina, havia outro veículo sendo pago em R$15.000,00 mensais para realizar esse trabalho.
“Vou aguardar o retorno dessa denúncia que eu fiz para o Ministério Público e trazer pro plenário, porque como eu já disse, eu não tenho nada. Não devo favor para prefeito, não devo nada. O que tiver que ser apurado, pode mandar pra mim. Eu não tenho que ficar submissa a ninguém” garantiu Márcia.
A denúncia já foi protocolada no Ministério Público para que seja apurado como improbidade administrativa, que é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração Pública no Brasil, cometido por agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente dela.
Confira as imagens que foram apresentada na reunião de ontem:
*Estagiária sob supervisão de Paloma Guimarães.