Represa em Carmo do Cajuru opera com pouco mais do volume útil de água

4/03/2022 | Centro-Oeste

Autarquia pede consciência no uso da água até passar o período sem chuvas – Foto Reprodução/TV Integração

 

 

Em Carmo do Cajuru, a represa responsável pelo abastecimento de água e energia da população opera com pouco mais da metade do nível do volume útil de água, mesmo com a ocorrência de chuvas intensas no último mês. Por isso, sem previsão de chuva intensas para os próximos meses, a preocupação é garantir o abastecimento por meio de um planejamento que envolve o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

 

Em 2021, o país viveu uma das piores crises hídricas da história e na região Centro-Oeste de Minas não foi diferente. Em Carmo do Cajuru, o nível da represa ficou bem baixo e chegou a preocupar o Saae. Agora, com as chuvas do início de ano, o cenário ficou bem diferente e a Cemig faz o controle do volume para garantir o abastecimento pelos próximos meses.

 

Monitoramento

 

A Cemig e o Saae fazem o monitoramentos diários do nível de água da represa. A ideia é não deixar o volume muito alto no período de chuva e nem muito baixo no período de seca.

 

“Esse ano passamos por um evento significativo de chuvas na região. Estamos em uma situação mais confortável, mas ainda há um sinal de atenção, porque não estamos tão cheios como gostaríamos de estar, em relação a outros reservatórios”, disse o engenheiro hidroenergético da Cemig, Diogo Carneiro.

 

Volume útil

 

O nível de água está em torno de 57% do volume útil de toda a represa. Agora, o planejamento é tentar encher a barragem com a maior quantidade de água das próximas chuvas possível e também utilizar a vazão do Rio Pará. Isso será para garantir um período seco mais seguro, com risco menor de falta d’água e energia. Além disso, a autarquia ainda pede consciência à população, quanto ao uso da água.

 

“A gente já está vendo que não há previsão de chuvas para os próximos dias. Então, a gente volta a encher o reservatório e conseguimos ao longo do mês de março e abril manter o reservatório com a vazão natural do rio”, apontou o diretor geral do Saae Fábio rabelo.

 

Cenário do ano passado

 

No ano passado, o cenário da barragem, um dos pontos turísticos da região, preocupava. Em muitos lugares, a água praticamente havia secado e a vegetação estava exposta. Hoje, a situação nos mesmos pontos é melhor. Há uma pequena quantidade de água, mas a situação não deixa de preocupar.

 

“Agora no fim de março começam a ficar mais escassas as chuvas. Precisamos de bons níveis para que a gente consiga abastecer toda cidade sem problemas graves”, destacou Fábio.

 

Por G1

 

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