Sant’Ana é padroeira de Itaúna desde 1710

25/07/2024 | Itaúna

Itaúna tem Sant’Ana como sua padroeira desde seu povoamento – Foto Arquivo Pessoal / Luiz Mascarenhas

 

 

A tradicional festa de Sant’Ana 2024 chega ao final nesta sexta-feira 26/7, dia da padroeira de Itaúna. Este ano as festividades começaram no dia 17 de julho, com novenas, celebrações, barraquinhas e shows variados todos os dias.

 

Santa Ana é avó de Jesus Cristo e é por esse motivo que a  Sant’Ana é considerada por muitos como a padroeira dos avós. No dia os católicos recordam a história de uma mulher que, após anos de esterilidade, concedeu a vida à Virgem Maria, a mãe de Jesus.

 

Muitas pessoas chamam Santa Ana de Nossa Senhora de forma errada. Sant’Ana é mãe de Maria, e vó de Jesus. Por essa razão o titulo de Nossa Senhora é dado apenas a Maria mãe e Jesus.

 

Programação Dia de Sant’Ana  2024 

 

7h00 – Celebração Eucarística – com Padre Marcelo Geraldo

10h00 – Celebração Eucarística – com Padre Helio Cristino

11h30 – Show com Pedo Paulo – musicas variadas

17h00 – Festiva Procissão com a imagem de Sant’Ana

*Apos a procissão celebração Eucarística, com padre Everaldo Quirino e concelebrantes

19h30 – Show com Sobalanço – Axe

*Haverá barraquinhas durante todo o dia

 

 

Casa da Vovó Sant’Ana

 

Uma das atrações será a casa da Vovó, que começou a ser montada – Foto Cida Martins / Rádio Santana

 

 

Uma novidade neste ano, foi a montagem da casa da vovó, ao lado da estrutura com tendas, barraquinhas e palco para shows.

 

devoção à Santa Mãe de Maria é tão forte que o primeiro nome de Itaúna foi Sant’Ana do São João Acima.

 

 

Padroeira desde 1710

 

Antiga matriz de Sant’Ana, padroeira de Itaúna – Foto Itaúna em Décadas

 

 

Itaúna tem Sant’Ana, Mãe de Maria, como sua padroeira desde os tempos de seu povoamento (aproximadamente 1710), quando aqui chegaram nossos três fundadores trazendo consigo a imagem da Senhora Sant’Ana e edificaram no alto do morro uma grande cruz de madeira.

 

Um dos três, o sargento-mor Gabriel da Silva Pereira casou-se e fixou-se na região; desse modo, mandou construir um oratório junto ao cruzeiro para que sua esposa pudesse realizar seus deveres religiosos.

 

Matriz de Sant’Ana atual – Foto Adilson Nogueira

 

Por volta de 1750 o primeiro bispo de Mariana, D. Frei Manoel da Cruz autoriza a construção de uma capela, deveria ser construída no lugar do oratório e dedicada à Sant’Ana, já tida então como patrona das terras do que seria, no futuro, a cidade de Itaúna. Atualmente, esta capela é a Igreja Nossa Senhora do Rosário.

 

A devoção à Santa Mãe de Maria é tão forte que o primeiro nome de Itaúna foi Sant’Ana do São João Acima. O povo itaunense dedica a ela a principal e mais bela igreja do município: a Matriz, localizada na Praça Doutor Augusto Gonçalves, no centro.

 

 

Santa Ana foi a mãe da Virgem Maria e avó de Jesus

 

A devoção é tão forte que o 1° nome de Itaúna foi Sant’Ana do São João Acima – Foto Adilson Nogueira

 

Ana casou-se com são Joaquim e por muitos anos permaneceu estéril. Só concebeu quando estava com uma idade avançada e deu a luz a Maria. Após o casamento de sua filha com Joaquim, Natã também ficou triste de não terem sido agraciados com netos.

 

Ana chorava e orava a Deus para atendê-la. Um dia ela estava orando e um anjo disse a ela que Deus atenderia as suas preces. O anjo disse ainda que o filho que teriam seria honrado e louvado por todo o mundo. Ana teria respondido: “Se Deus vive e se eu conceber um filho ou filha será um dom do meu Deus e eu servirei a Ele toda a minha vida.

 

O anjo disse a ela para ir correndo encontrar com o seu marido o qual, em obediência a outro anjo, retornava com o seu rebanho. Eles se encontraram em um local que a tradição chama de Portão de Ouro. Santa Ana deu a luz a Maria quando ela tinha 40 anos. É dito que Ana cumpriu a sua promessa e ofereceu Maria a serviço de Deus, no templo, quando ela tinha 3 anos.

 

De acordo com a tradição ela e Joaquim viveram para ver o nascimento de Jesus e Joaquim morreu logo após ver o seu Divino neto presente no templo de Jerusalém. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus.

 

Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa “Senhora da Luz”, passado para o latim como Maria.

 

Seu culto difundiu-se no Oriente, e no século VI o imperador Justiniano mandou erguer-lhe um templo em Constantinopla. Nos séculos seguintes a veneração expandiu-se também pela Europa. Em uma bula (1584) o papa Gregório XIII instituiu que sua festa seria comemorada no dia 26 de julho, mês que passou a ser denominado mês de Sant’Ana. Tendo sido São Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant’Ana, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria, mãe de Jesus.

 

São João Damasceno exorta Joaquim e Ana como modelos de pais e esposos cujo principal dever era educar seus filhos. São Paulo diz que a educação dos filhos pelos pais é sagrada.

 

Matriz de Sant’Ana atual – Foto Adilson Nogueira

 

 

Casa da Vovó Sant’Ana começa a ser instalada

 

 

 

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