A Secretaria Municipal de Educação de Itaúna, na Região Central de Minas Gerais, vai encaminhar a cópia do diploma falso, comercializado por um morador da cidade, à Procuradoria do município para que as medidas legais sejam tomadas. O esquema da venda de diplomas veio à tona na terça-feira, em matéria do Estado de Minas.
O homem anunciou a venda dos documentos pelo Facebook. Segundo ele, a instituição que emite o documento, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), é a Escola Estadual de Itaúna. O valor do diploma é de aproximadamente R$ 500 e fica pronto em até cinco dias. Ele, inclusive, enviou a foto de um dos diplomas confeccionados. A reportagem do portal de notícias teve acesso à página da rede social que registra uma negociação e, sem se identificar, entrou em contato com o vendedor por telefone.
O diploma mostrado pelo vendedor na conversa com um usuário do Facebook tem carimbo da Escola Municipal Doutor Lincoln Nogueira Machado, instituição que tem turmas apenas da pré-escola até o 5º ano do Ensino Fundamental. No entanto, no campo de descrição do histórico escolar para formação do Ensino Médico, consta o nome da Escola Estadual de Itaúna.
Por meio de nota, a Prefeitura de Itaúna informou que a diretora da escola municipal, Regina Célia, tomou conhecimento da venda de diplomas por meio da reportagem publicada. Indignada, ela disse que a confecção de um carimbo como o utilizado pela escola é muito simples e basta ter os dados da instituição, que emite vários documentos com o carimbo original. Ela acredita que o falsário agiu desta forma e disse que “deveria ter uma lei proibindo as papelarias de fazerem carimbos de instituições públicas sem a devida autorização”. Regina informou, ainda, que os dois únicos carimbos oficiais estão na secretaria da escola.
A secretária municipal de Educação de Itaúna, Maria Virgínia Morais Garcia, vai encaminhar a cópia do diploma, a qual o jornal teve acesso, à Procuradoria do município, que deve tomar as providências cabíveis. Ainda de acordo com a assessoria da prefeitura, Maria Virgínia disse que a polícia pode ser acionada para investigar o caso.