A mobilização foi iniciada após a estatal anunciar reajustes – Foto Leandro Couri/ Estado de Minas
Com ameaça de paralisação, os transportadores de combustíveis devems e encaminhar a Brasília nesta quarta-feira (29), para exigir documentos da Petrobras que expliquem a política de reajuste de preço dos combustíveis. A viagem será feita por uma comitiva com representantes dos tanqueiros de vários estados.
A mobilização foi iniciada após a estatal anunciar o reajuste no valor do diesel que está sendo praticado desde 18 de junho. O combustível sofreu alta de 14,26% e passou a custar mais caro que a gasolina nos postos de Minas, pela primeira vez.
Caso a Petrobras não atenda aos pedidos dos tanqueiros, as entidades devem convocar suas bases para realização de assembleias, com risco de aprovação de paralisação.
“O que nós queremos é que a Petrobras explica a PPI (política de preço) que foi assinada em 2016 pelo então presidente Michel Temer. Nós queremos também que o Governo de Minas reduza o ICMS dos combustíveis”, disse o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, nesta terça-feira (28).
Quando houve o anúncio do último reajuste do diesel, Gomes afirmou que havia a possibilidade iminente de desabastecimento nas cidades brasileiras. “Com essa política de preços da Petrobras equiparando com os preços internacionais, está impossível transportar”.
Tabela de frete
Na última sexta-feira (24), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou uma nova tabela de frete mínimo. Houve um reajuste entre R$ 7,06% e R$ 8,99. Para os tanqueiros, no entanto, o reajuste não foi suficiente. “Hoje os transportadores vêm trabalhando com um déficit de mais de 30% no valor do frete”, reclamou o presidente do Sindtanque- MG.
Por Hoje em Dia