Terremoto no Nepal deixou 3.700 mortos

27/04/2015 | Mundo

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Pelo menos 3.700 pessoas morreram no Nepal após o terremoto de sábado (25) no país, anunciaram as autoridades nepalesas em um balanço atualizado. Até o início da manhã eram 3.200 mortes, mas o número só cresce. 

“O balanço alcançou 3.218 mortes e outras 6.500 pessoas ficaram feridas”, disse Rameshwor Dangal, diretor do departamento de gestão de catástrofes do ministério de Interior antes da confirmação das novas mortes. 

O balanço anterior registrava 2.430 mortes.

Nos países vizinhos, incluindo Índia e China, a tragédia provocou outras 90 mortes.

O terremoto de 7,8 graus de magnitude, o mais violento dos últimos 80 anos no país, provocou vários tremores secundários e diversos deslizamentos no monte Everest, onde 18 pessoas faleceram no início da temporada de alpinismo.

O balanço pode ser ainda mais grave no Nepal, onde as agências humanitárias ainda têm dificuldades para avaliar o alcance da devastação e as necessidades da população.

Quase um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Unicef.

Milhares de crianças dormem ao relento desde o terremoto, ao lado dos pais, e o risco de propagação de doenças é elevado, segundo o Fundo da ONU para a Infância.

“Pelo menos 940.000 crianças que vivem nas áreas mais afetadas pelo terremoto no Nepal têm uma necessidade urgente de ajuda humanitária”, afirma um comunicado.

“As restrições de acesso à água potável e às instalações de saúde expõem as crianças a doenças que se propagam pelo ar. Ao mesmo tempo, algumas crianças estão separadas de suas famílias”, adverte o Unicef.

A organização está mobilizando equipes e enviará a Katmandu dois aviões de carga com 120 toneladas de ajuda humanitária, incluindo medicamentos, barracas e cobertores.

O governo do Nepal enviou três helicópteros para tentar resgatar os alpinistas que permanecem bloqueados no Everest.

Quase 150 pessoas permanecem nos campos 1 e 2 e as autoridades acreditam que não têm ferimentos graves. Eles serão levados para o campo base e não para a base da montanha, segundo o governo.

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